quinta-feira, outubro 22, 2009

WISH YOU WERE DEAD!

Pedi pra trocar de lugar, ficar mais perto e lhe falar. Olhei dentro dos seus olhos;você evadiu. Lhe falar como eu acordo. Lhe falar como eu passeio, e volto pra casa... me lembrando de você. O veneno que me deste, me deplora, me devora, e não acaba. Queria lhe perguntar como você está, e quantas vezes por semana você chora. Quando você pensa em ir embora, e me dar um beijo? Não, olhe e me acabe a agonia. Pense que sou nada, e uma onda te arrasa. Já lhe vi mudar de cor, e chorei um dia. Lhe fiz os mais singelos, mas não menos divertidos convites nessa vida. Não aceitaste. Lhe dei os mais singelos, mas não menos carinhosos presentes. Nem ligaste. Cansei, e sigo assim esperando que você morra.

quinta-feira, outubro 08, 2009

FALANDO DE VOCÊ!

Tentei uma calça jeans, um óculos pra sair e um copo de absinto pra devolver o meu presente. Sorri sentado, e esperei o sol passar. O vento passou, e chorou no meu ouvido "jamais desalento como eu". Seja eu vampiro sem coração. Desagrado. Explórdido. Matei um homem e seu deboche cínico, insuportável. Matei, quase solucei. Envermelheci com um pecado noturno. Deplorável, necessário. E me diga, o que foi? Não foi nada. Eram olhos castanhos que envenenaram uma leva de corações, e freneticaram a tristeza d'uma flor. Tentei direito, somente tal!

quinta-feira, maio 28, 2009

DIAS DEPOIS, A VERDADE!

Foi nos seus olhos que encontrei a paz das 18:00hs. Eu não sabia o que eles queriam dizer a cada vez que os olhava. Não sabia se me desprezavam. Se me queriam. Se me desejavam. Só os olhava. Fascinado, só fascinado por aqueles olhos que a Terra nunca me apresentara. Você de lado... eu bisbilhotava o que lhe podia, até lhe encontrar, quase que finalmente, doido pr'lhe falar. Tonto pr'saber o que seus olhos e sua boca queriam falar. Pareciam falar deleitantes como um sotaque inglês. Se lhe perdia, entristecia. Se lhe achava, alegria infinda. Já sabia da perdição dos meus sonhos guardando aqueles olhos que me cativaram. Era um destino deletério que agaurdava. E me tirou a carteira do bolso e o coração do peito.

sábado, maio 02, 2009

QUADRAS! - VII

DE VOLTA

Já me cansou a humilhação
talvez não
A vontade de te descobrir
ainda me entontece

Tremo de lhe ver
e querendo estar com você
grito pr'meu coração safado
"chantagista inconsequente"

QUADRAS! - VI

QUE ME DERA

Foi no dia em que a roda-gigante caiu
que eu li Jane, Victor e William
e percebi, finalmente, que minha grande cobiça
havia tomado chá de sumiço

QUADRAS! - V


ILESO II

Que pensas em fazer
quando os desastres lhe foram esgotados?
Vais matar-se na praia ou
arrumar outro amigo que cheire craque?

QUADRAS! - IV

ILESO

Se ouvires um barulho
Num dia em que as palavras não falam
Não se assuste:
É só o meu amigo que vai indo embora

domingo, abril 26, 2009

QUADRAS! - III

SEMPRE IGUAL

Na calada da noite
minha alegria se esvai
meu coração despalpita
enquanto os olhos rasam d'água

O vento brinca de esconde-esconde
os fantasmas se divertem
e, a febre volta a meu corpo,
pois estou sozinho, sem ninguém

Estou a pensar no meu amor
aquele de olhos castanhos
que me prometeu pr'sempre
ser meu... e jamais foi!

QUADRAS! - I I

SINA!

O Sol risca a água
A água me risca
e assim, caio no chão
esperando meu doce amor chegar

Mas ele não vem
porque há muito tempo se esqueceu
E eu choro ainda mais
porque foi o homem-dos-sonhos que me apresentou

QUADRAS! - I

INSENSATEZ!

Por que fazes do meu coração triste
e ainda ficas a zombar?
Foi muita culpa tua
passares por mim, e me olhar

Agora, me deixas neste destino incerto
colhendo flores pr'viver
Procurando os mais lindos malmequeres
ainda sim, pr'a te oferecer

domingo, março 29, 2009

N'UM PEDACINHO DE PAPEL!

Um pedacinho de papel
e alí, muita coisa inédita
Era contando, o que já havia sido contado
no'utro papel reciclado

Amassado e será
Ignorado por um vulto de desprezo calculado?
Intacto. Já manchado
Era um devaneio de Segunda-feira no tumulto, pisoteado

Soluço e mais ou menos uma enchente
Mais um, mais dois sufrágios
Menos três desenganos incontrolados
Mentira. Passado?

Viu transas, e algo mais
Um todo procurando um alvo
Arrebentando a frente...
Tanto fazia, tanto fez, tanto faz

domingo, março 15, 2009

11:11 PRA MAIS NENHUMA DIFERENÇA!

Seu telefone toca. O meu também. Eu digo "amo você". Você também. Seu coração sorri. O meu palpita. O parque é meu. O parque é seu. O balão me escapa. Você segura minha mão. Me faz cócegas. Passeio assim. Você acorda. Eu também. O sonho era banho de chuva. O seu também. Minha gata se chama Audrey. Seu gato Louis. Eles se olham. Eu e você também. É o tempo que passa. A maré que marola. O cavalo que me encanta. E você também. Você não repassa nada pr'depois. Não me repassa pr'depois. É contente assim. Eu também. Você se cala de repente. Eu também. Tremo. Você rebate neutralizando minha boca. Tudo inefável. Você também. O sol explode. Tudo bonito. Mais um dia. Ganho asas. Você também.

Deveria ser assim, mas por qualquer coisa que não sei, não deve mais. É frieza que me chega. É o coração que desenha de novo, muito mais. Muito mais que foi, e nada mais.

domingo, março 08, 2009

CHOVE!

Fernando Pessoa que também se pergunta o que fazer...

Chove. Que fiz eu da vida?
Fiz o que ela fez de mim...
De pensada, mal vivida...
Triste de quem é assim!

Numa angústia sem remédio
Tenho febre na alma, e, ao ser,
Tenho saudade, entre o tédio,
Só do que nunca quis ter...

Quem eu pudera ter sido,
Que é dele? Entre ódios pequenos
De mim, 'stou de mim partido.
Se ao menos chovesse menos!

sábado, março 07, 2009

"SE TU VENS ÀS 4 DA TARDE, DESDE ÀS 3 HORAS COMEÇAREI A SER FELIZ"

É a menina que se embaraça, vislumbara pelo cara que conheceu há 2 dias. Ela acha, certamente, que ele será seu namorado. Ela não tem medo disso! São 2 da manhã, porque ela não consegue dormir como Carolina. Ela espera, inocentemente, o que vai ser no outro dia, e vive um êxtase de prazer incerto e cataléptico. Uma série de corações esborrachados não é suficiente, pr'derrubar o que sempre pode mudar no seu amanhecer seguinte. É como a primeira tragada no cigarro: dispretenciosa, mas o vício logo convida. Não importa se mata, ela quer, e acha bom. Sua alma vacila, mas é enorme. O tremor existe, mas vai passando. E os sonhos ficam só pr'variar(zombar). Não brinque de deboche, não brinque de desleixo, não brinque de desprezo... porquê você não sabe!

sábado, fevereiro 28, 2009

DESESPERO CAROLINIANO! III

Eita Carolina, que sonho bom! Se delicie, nessa noite em que você não dorme, e o tédio e a dúvida abatem toda você. Quanta gente, já lhe disse, mas você vagueia. Você saiu machuacada de tanto lhe debocharem, e do samba do silêncio, que lhe causou desânimo.Ah Carolina, minha cara, você se pergunta demais, e desperdiça 3 horas interlacadas do seu dia, para o que não devia. Pegue a bicicleta, e pedale com as andorinhas n'um dia de sol poente alaranjado. Mas não queira um pedacinho de céu azul como Derain, causa dependência. A saudade vai bater, e você não ligará. É fáicl se acostumar! É pedra que lhe acerta, mas não o fim do caminho. Acorde, que outro dia começou, e esqueça tudo sobre insensatez, porque à pena, vale mesmo só você, e nada mais!

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

CHUVA!

É o piano que toca. Ao mesmo tempo, chegam os invasores pingos da rebenta chuva, que por si só já se anuncia. É raivosa, mas não menos jeitosa, e delicada. Posso ver a menina em frente, com a mão no queixo, com ar despreocupado. E sua mãe no quarto. No andar de baixo, vejo aquele rapaz n'um quarto rosa forte. De costas, ele parece impaciente com o momento de sua vida. À esquerda, muita gente compartilha do horário caro da tv. Nada atrapalha, exceto o barulho da chuva. Quase tudo vai se fechando, mas nada se perder. Em janelas opostas do primeiro andar, acho gente triste mas feliz, porquê todas elas sabem que a chuva vai passar.

O QUE ACONTECE POR AQUI!

Por dentro de mim se instala um vazio de pancadas que titubia, mas que não consigo detestar. Estoura o silêncio de Siren, enquanto no cantinho dos meus olhos aparece e prevalece uma agonia, que vacila e só vicia. Pr'o desvicio não achei a cura. Estou debaixo de uma película que me descontrola mais uma vez; ela me segue com um arco-íris frígido irradiante, que só se ameniza com óculos de cores que ninguém jamais viu. Minha sinestesia me consola e diz "tudo passa, menino, acredite em você, e corra com cuidado!". Tudo em volta parece trambolhos e bugigangas, sempre no pedido de socorro, pr'mim que mais deixo as coisas aos cacos. A vida corre muito mais depressa, meus ventos! E ninguém se importa. Meu afogamento em água salgada foi calado, repetido, desastrado. E enquanto Carla me cantava pr'descansar, tentava me esquecer do mundo que se acabava ao meu redor. De tudo, só me resta o rombo inexplicável da saudade...

terça-feira, fevereiro 03, 2009

O QUE ACONTECE POR AÍ!

É demais o que acontece dentro de você. Quando é colorido? Quando não é? Por quê? Vai passando alguma coisa, que não consigo enxergar. Vai passando muita coisa! É maré. É vento. Não é impossível. Um samba de avião, que tenta pousar nas linhas aéreas não-identificadas. Ah, e eu tenho certeza, o mundo ainda não deu seu toque sublime de chantagens! Ou já? Tome cuidado, já não sei. Logo eu desabo, não sei por quê também. Vai me metralhando a imagem dos deus olhos, e um "trinque" ouve-se de dentro, agora de mim. Quero saber! Deixe um poquinho da sua cabeça aberta. Deixa-me enlouquecer com você, quebra-cabeça curioso!
Eu imagino como você sofre. Como você chora. Como sua memória se comporta. Por quê sua mão treme. Por quê sua festa não deu certo. Por quê seu coração não se segura. Quem lhe mata. Quem lhe sonha. Quem lhe ama. O que aflinge. O que encanta. O que periga. Seu carro pifou. Um minuto devagar. E gotículas salgadas. Seu tremilique abalando. Sua saudade estorvando. Aquela novidade aparecendo. Céu chato. Instante estranho. Movimento lotado. Luz por enquanto. Dia que dura. Batida até quem sabe. Existe murmurinho de madrugada? Som que sofregue? Olhos fechados que chegam a algum lugar? Que distração, eu fui arranjar! Mas calma... passa logo ou vai durar mais um pouco, sei lá por quê!

quinta-feira, janeiro 29, 2009

AMORPERFEITO!

Claudine: seu sorriso fascinava, e cada coisa que fazia em sua vida parecia espancar de encanatamento quem a cercava. Marc, Marc era "só" mais uma delas. Marc tinha Claudine como seus sonhos. Marc tinha Claudine como sua fantasia de pato lunar. Marc tinha Claudine como sua nuvem pluviosa de toda noite, seu pedido de estrelacadente. Marc tinha Claudine como sua primeira luz do dia. Marc tinha Claudine como só ela era. E era mesmo. Claudine estava esparramada pelo chão de quadrados amarelos, de braços abertos, olhos fechados, com seu vestido azul-oceano. Enquanto Marc... chorava:

"Amoresperfeitos
Amoresperfeitos que me deixaram só vontade
Houve dias belíssimos em trêmulas palavras magiciosas
palavras consequentes, palavras que não disseram nada

Amoresperfeitos
De repente, me fizeram aqui
Fizeram um grito quietinho deslizar por momentos
que já não imaginava
Súbitos desesperos! Não sabia o que dizer

Amoresperfeitos
Quanta coisa eu sonhei!
Fingi, enlouqueci, perambulei. E agora
sofro tanto

Amoresperfeitos
Amei o que amei
Um toque incríel de corações impossíveis
Sem saber de nada
Porque o que restou, foram só amoresperfeitos!"

sábado, janeiro 24, 2009

WHAT SHAME, NOBODY SAW THE STAR IN THAT SKY!

(...) e Adele dizia " me abraça e fica comigo só mais uma noite". Seu nariz sangrava enquanto seus olhos "flashavam" um escuro de luzes relapsas arroxeadas. Quem sabe o que significava! Um ar de mãos desconfiantes e delicadas enxugava seu sangue e desconsertava toda ela. Adele não tinha mais proteção contra enganos. Adele sabia, seu destino era inexistente.

domingo, janeiro 18, 2009

FINJA QUE É SÓ MAIS UMA PÁGINA VIRADA (WHEN A STAR APPEARS IN THE SKY, MY BODY TREMBLES)!

Você tenta menina, mas não consegue. Esquecer todo controle que se encontra dentro de você é inútil. Mais um solavanco, e você se cansa de me contar. E se lamenta por já não saber mais o que fazer. Era mentira, não era? Simplesmente você também não consegue esquecer o que lhe acontece, bem aí, pertinho, dentro de você! Negue, mas não é o bastante! [Não desista de conseguir fechar os olhos e acordar em paz!] A toxina das hidrocores também acaba com você, conscientemente, mas não tão veloz o quanto você gostaria, pr'lhe devorar cada vãozinho vilão, e fazê-los em pedacinhos. Ouvir música e olhar pr'céu não lhe fará esquecer do seu dia. Não fique assim. Não precisa mais me enganar. Eu sei que seu coração é fatal. Mas dê um jeito nele, ele pode lhe trair, e ser mais fatal!

sexta-feira, janeiro 16, 2009

SALA DE ESPERA!

A sala de espera já me conhece. Foram incontáveis as minhas visitas, e os prantos que lhe contei. De repente, nada adiantava. Mas logo, logo o nada virava tudo, e se ajeitava. Porque nela, dancei e quase tive um ataque de inexplicações a cada instantede tudo. Não sei o quanto ela me roubava. O quanto me dava parecia suficiente, inefável. Uma ventura em cada pedacinho que se euforizava. Que susto tenho de tudo isso! [Não comove, apesar de ser verdade.] É daí, sim, que vêm as coisas tão intensas, de se perguntar "sou eu mesmo assim?". Por favor, não pare!

segunda-feira, janeiro 12, 2009

ENCONTROS INESPERADOS!

O vento vem chegando. Ele quer se redimir, talvez daqueles efeitos especiais mal-feitos. Pode-se dizer que foram alguns acidentes que desastrosamente causaram irritações. Mas ele não leva a culpa sozinho. Descuidos passados também contribuíram pr'tal arrebate. Pedi um tempo. Pedi sem querer o que n'em sabia, mas que já necessitava. Vou perder um apreço, quem sabe. Quem sabe, um apreço sem seu apreço. [É uma chuva forte!] Eu me assusto. Ao menos me assustava. Sem medo, sem pressa, sem ansiedade... Já não tremo. Já não precipito. Já não caio. Por enquanto. Bato palma e fecho os olhos, logo tudo se colore, e as destrambelhicesvão se esvaindo. Enquanto isso, vou ficando com Françoise, torcendo pr'mais encontros ineperados.