terça-feira, julho 09, 2013

A REALIDADE SECRETA DAS COISAS!

Vou falando comigo: Eu sou eu há muito tempo. O problema é que EU sou EU demais e me queimo como uma chama que não aguenta mais o próprio calor - e como viver numa armadilha tão obscura? É que caí e não consigo mais sair. Há uma centena de espadas apontadas para mim, e eu só preciso escolher quais me atingem de vez em vez a fim de sobreviver. É que cada golpe me priva de alguma coisa. Faltam quinze unidades de tempo para o que se parece a madrugada, mas não tenho certeza, porque fiquei com medo de contar e pensar que o próximo golpe seria ficar sem o silêncio. Não entendo essa realidade formada por traços e planos perfeitos - e se tento ir mais profundo, me lanço numa aventura randômica. A única coisa que faz sentindo é quando me debruço sobre o que escrevo e sonho que me transformo num gato vivendo uma vida só de amor ou simplesmente uma vida própria. Fui coberto com um manto roxo por alguém que enxugou minhas lágrimas, largou minha mão e me ordenou uma coragem sagrada. E nisso tudo há extremos: é tudo e nada: amor e morte. E não tem como ser menos. 

quarta-feira, julho 03, 2013

FÔLEGO ACUMULADO!

Eu não me sinto. Precisei me deixar não sei por quanto tempo a fim de viver o que desconhecia - ou pelo menos o que conheci e esqueci durante o tempo em que a vida se enraizava dentro de mim. Na verdade, o que saiu de mim escorregou. E para isso precisa-se de fôlego. Fôlego: se tem ou não se tem. E o fôlego que eu falo é o fôlego de quem vive de dilemas e que precisa de um corpo extra para ficar vivo. É o fôlego de quem olha a página em branco e amarga a dor de não saber o que fazer. Isso não se trata de um sonho ou de algo espiritual; transcende. E tu que me lês, não sinta medo. Acabei de sair de uma piscina vazia num vulto louco e estou vulnerável, tão vulnerável que pode fazeres de mim o que quiseres, pois estou me dando como um animal que se oferece. Logo defronte, há um espelho que reflete essa vida insuportável incessantemente e devolve-a para mim nessa repetição que não há como se livrar. Eu não sei ser eu e não sei viver essa vida. Me tornei um amontoado de partículas soltas que ninguém nunca soube para o quê serve. Pai nosso que estais no céu, eu estou aqui na Terra e sinto que não me posso mais.