quinta-feira, junho 26, 2008

ANYTHING'S NEVER CLOSE TO ME!

Foi muito prazer minha deliciosa ilusão no céu. Eu andava pelo quarto quase em pés firmes enquanto eu pensava naquela explosão que aconteceu no meio da explosão quando andei pelo teto. Fazia passos em tons cuidadosos. Olhava pr'janela em tons cuidadosos e via o quanto de eus passava janela à fora. Continuava a deixá-los inexplicavelmente. As cores vinham em formas de recortes, passando pelas trepadeiras do art nouveau adaptadas a não sei quem. Não seja tonto, n'uma agonia dessas. Todas as vezes que a minha intenção foi disperdiçada. Eram denunciantes meus sonhos. Denunciantes foram meus olhos tácitos que denunciavam alguma coisa estontalhada. Entrava o medo e a equação do quanto mais eu era eu. Lá fora a paisagem parecia ser de Turner, era verde, luminoso, diferentemente do que acontecia dentro de mim - um retrato neoclassicista. As imperfeições eu não percebia, as palavras enfim não me abalam mais como cada fragor que eu finalmente pude perceber naquela velha tempestade assídua de todas as margentiosas noites. Acordo e parece que me deixaram esquecer um pouco dos meus combates. O céu é azul. Borrifadas de anil. As explicações são poucas talvez muitas e dolorosas demais pr'minha coragem. Eu me esqueci por alguns instantes passados dos meus jardins mas foi só por alguns súbitos instantes. Eu não sei o que dinamites fazem na minha gaveta mas elas são interessantes. Já passou tanto tempo. Acho que o Sol já não é mais o mesmo e a água será? Salvador Dalí me olha do canto enquanto pinta relógios derretidos e pedaços de carne se decompondo. Por cinco minutos adormeci; vi as imagens mais interessantes e doces; vi a minha vida em forma de pontos de cor. Ah! que prazer. Acabou, simplesmente acabou. Tudo simplesmente desaparaceu. Acho que me deixaram começar tudo de novo.

sábado, junho 21, 2008

REAPSE! - V

corro corro corro corro pr'depressa não vê quem não vejo dor como n'um dia ensolarado nublado fala empalideço mais depressa com frio não mais não mais vejo o que eu queria é impossível me deixar não é pueril é como um aio minhas lágrimas cansadas de preliar lançadas ao descaso a ninguém a perigo de molhar alguém? não consigo parar é o segundo dia que o céu me mata me deixando mini nada nos meus ouvidos a essa hora já devo está perto dos 300 quilômetros por hora a sensação me chama fecho os olhos e meu coração logo aparece pedindo silêncio como no velho dia ensolarado é um fragor nublado foi há 1 dia atrás é suficiente pr'os meus bolsos rasgarem e lá se vão meus vícios queimaaaando aos poucos ao tocarem o chão de algodão acredite vou tropeçar na avenida beira mar em vão tragédia selvagem tinha uma pedra no meu caminho tinha uma pedra no meu caminho eu chorei mais uma vez sem querer molhei alguém? procurei as mais sinceras palavras pr'as desculpas juntei o resto dos cacos dos menores vestígios da minha coragem pr'falar mas a lua mudou de fase e esqueci seu nome

DRUNKEN BUTTERFLIES! - IV

Acordei assustado pensando ter alguém em casa me levantei ainda coçando os olhos passeei por todos os cômodos tateando a parede e os objetos terminando na varanda não havia ninguém o vento gelado passava pelo vidro e chegava até meu rosto bom era quando ele costumava dormir comigo sentei no chão de madeira olhando as árvores do jardim balançarem pr'me lembrar do que deveria esquecer parecia ser o dia mais longo da minha vida Quimeras me invadiam e todas as catástrofes pareciam acontecer dentro de mim não há nada de errado morri afogado uma vez queimado duas soterrado três e outras tantas arrastado pelo vento mas acho que os espíritos felinos me dispõem novamente a sala está em silêncio esqueci que os pássaros estavam de férias hoje tem vôo de balão mas eu não vou meus amigos anoréxicos n'em sei por onde andam e minhas mãos... pobres se eu soubesse o que tem que ser feito acho que vou dormir já que apagaram tudo e nada importa mais sem razão sem porquê seria tempo de aventura mas não é tempo do tempo ir e vir mas não é eu via os raios simplesmente me olharem eu envelheci sem ao menos me mexer risquei meu braço amassei o papel procurei um sonho e disse à plus tard

PEGUE UM TÁXI MARIANA E VENHA ME VER! - III

Tardes, tardíssimas de cinza
os lindos bancos de solitude me acolhiam;
segurava meu coração no disritmado balanço das ondas
no volver do vento, que me levava à segurança
sempre alí, na paisagem pastel, prevendo meu colapso
sem deixar meus olhos de brigadeiro desabarem em escombros
Meus sentidos anunciavam (anunciaram)
a presença de estrelas perto de mim, era álacre
era, era sim! Tudo me dizia... Eu mal pude acreditar... Era ela!
Eu a vi contornar o banco e, senar-se ao meu lado, olhar nos meus olhos e me dizer:
"vim te ver!"