sábado, junho 01, 2013

FRONTEIRA!

Há uma fronteira entre o nome e o ser que tem o nome. Há uma fronteira enorme entre o meu nome e eu. Não preciso de ambos. E a alma que fica no meio disso tudo? Sofre como um criança tonta segurada em cada braço e disputada para jogar cartas ou cabra-cega no Parque da Redenção. Tenho pena da alma que precisa esperar a salvação dormitada e absorta sob uma nuvem esparsa de fumaça. É uma tola que nasce a mercê dos abismos e das plenitudes, tão tola que precisa de alguma coisa (ser amorfa) para durar. Sou só corpo. E Nesse corpo que vos fala se esgueira uma alma que deseja estabelecer um mutualismo coisa-milagre-milagre-coisa. Mas como viver sem "eu"? É morrer de medo de tudo ou é morrer de medo de nada.