sábado, agosto 30, 2008

OUTRAS PARTES DE METADES GUARDADAS!

Não adianta ter pressa nesse momento retardado. Não é mais de repente, é um assassinato. Estou matando tudo, dando um tiro esfumaçante em cada coisa que me assusta, sem limites. É uma perdição como eu nunca vi antes, cheia de pontos luminosos arroxeados, que vão se apagando minuto a minuto. O que eu matei vem voltando pouco a pouco, mas já vai me deixando sem força por um instante. Pelos meus olhos começam a escorregar pequenas gotículas "cor de amor" e o meu peito vai se abrindo como rabiscos mútuos. A arma está aqui, bem apontada diante de desespero e, vontade de correr e dessistir. O tempo passa e já não sei se me contento com tiros infinitos ou se caio de tantos sufrágios perigosos por aqui, mas de uma coisa eu sei: tem um sonho escondido que eu quero matar. Um sonho que termina minha noites, começa minhas manhãs e interrompe meus dias. Um sonho que atira docemente em mim quase sempre trapaceiro e que me faz delirar. Se transforma como água por onde passa, mas ele me encantava, hoje ele quer me matar, me matar de confusão e de tanto me drogar de tantos dos seus momentos que eu vivi. Agora, contínuo disvencilhando balas - que mais parecem festim- tentando sair desse fogo cruzado que me atinge e me vai estraçalhando, me deixando sem as poucas estrelas que me sobram pr'a eu tentar continuar.

sexta-feira, agosto 29, 2008

SEM PRESSA!

Acordei e pensei que acordei pensando ter acordado e, acordei e, pensei, cansei. Finalmente dormi e, pensei. Já n'em sinto mais emoção. Queria me entregar ao mundo das águas, mundo das travessuras, onde talvez minha bobice atrapalhada visse coisas de verdade. Mas a chuva não me leva. Assim de cá pr'lá vou desperdiçando o que eu não queria e quem sabe, o que não poderia. Abro a janela, fecho meus olhos mas nada acontece, n'em sintomas de vendaval. Aos poucos meu sufrágio aumenta e fico sem ar. Como faz pr'respirar? Terminei me esquecendo. De novo e de novo e mais uma vez caí de uma sintonia maluca, sem volta por enquanto e, talvez incurável!

domingo, agosto 10, 2008

ESQUINA DE ESCONDER EU E VOCÊ!

Tenho coisas a lhe contar. Coisas que mais de mil coisas de azul doce profundo têm. São as peripécias de uma maquinária sensação que saem de dentro de mim com um desejo de mais abestalhar, trêmulo de anúncio de vontade, com uma lágrima guardada pr'a mais tarde. Nada se move. Vou em frente, sem saber de algo mais, só com a brisa de souvenir em lugares perto do sol. É um brilho de 15 milhões de raios de surpresa, que me ardem n'um suspiro de parecer sem fim. É demais, um pouco mais, e distrae. Olhando em olhos de luz disparei. Foi um súbito pr'tudo meu resguardado. Fantasiei e colori de turbilhão um coração, invólucro de tubulações artificais que vai tinindo de emoção e alegria n'uma loucura de madrugada sem fim e cansado de dizer, eu te avisei!...... Tarde? Foi quando eu vi uma nuvem chorar.

segunda-feira, agosto 04, 2008

CASA DE AMOR E BORBOLETA!

O céu se foi. Devagar meus olhos e meu cabelo mudaram de cor. Quantas pipas eu perdi a olhar pr'a aquilo indiferente? - Claridade, confusão - me perdi, tonto de demência. Perdi um pique-nique, daqueles de dia de sol pintado solitário. Troquei meus sonhos por asas. Como Florbela, rasguei os versos que sabia de cor. Fiz do mar desalento, do coração um bang bang. Sem bala, meu doce de maçã, não mais pulei. Estou sem graça, sem nada, porque as cores já não as vejo mais. Uma tragédia com cheiro de água, vento e pistache.