Essa distorção reticular que aparece no que faço é a forma que tenho para mostrar como me sinto diante da sociedade que vivo e tentar amenizar a quantidade de estímulos que recebo em cada página de revista ou em cada vitrine da 5ª Avenida. Estamos beirando os anos 70 e não duvidaria que daqui a trinta ou quarenta anos a sociedade esteja muito parecida com essa mistura de catatonia e frenesi que estamos vivendo hoje, se não igual. Se eu pudesse fazer um pedido? Seria que as pessoas olhassem as coisas mais de perto e com mais cuidado, incluindo a arte e o todos os seres, porque só assim é possível enxergar sua alma e seu coração.
(Guilherme sobre os 92 anos de Roy Lichtenstein)