sábado, março 29, 2008

LITTLE DANCING GIRL!

Emelina tomava um banho de chuva fina, n'um dia semi-nublado de pouco frio. Ela recortava leve, estrelas de formas imperfeitas. Algo aquelas imperfeições significavam, imaginava Emelina, que pausava o picotar e se via perdida agora em algum outro lugar, vendo alguma outra coisa. Reparava agora as imperfeições de sua vida, com tantas pontas em lados errados e, colagens mal feitas. Ela sentia seus órgãos se movimentarem, acusando dor de tudo aquilo. Eles pediam pr'garota parar, mas ela não cedia, ia firme, disritmando principalmente seu coração, seu pobre coração. Os dedos de Emelina já eram fundos e marcados pelo prazer. Suas pernas ficavam suadas. Sua pele suja de cola. Ela tentava, mas tentava muito sair daquele transe. Mas ela também tentava muito ficar naquele estado doentio, sem ação. Nem mesmo a cólera da chuva era suficiente pr'tirar Emelina do sofá em seu estado hipnótico. Era pior. Era como um vórtice azul que ela arregalava os olhos e pensava "que lindo!". A água e as rodas encantavam aquela colhedora de morangos. Morangos fora a primeira coisa que Emelina aprendera a recortar. Era delicioso ver os recortes e, pr'cada um deles Emelina demonstrava sua vontade com gestos em toda face, era mais delicioso. Passava tempos recortando e colando na sua agenda pessoal de gato miado, debaixo de chuva. Ela tinha o sonho de recortar toda a sua vida, mas ela tinha medo de onde iria colar. Emelina não sabia fazer nada sozinha. Na verdade, tinha uma coisa só: bolo de abacaxi. Infelizmente da última não estava não bom quanto das outras vezes. Emelina gemeu, até o último suspiro na primeira fatia do que foi seu último bolo de abacaxi. Mataram a pobre envenenada.

sexta-feira, março 28, 2008

ESTAVA EM PLUTÃO!


Verás, meu amor
o quanto de sonho que tenho pr'te dar

São partes de um coração já não mais avermelhado
de todo desagrado que me deixaste
de toda folha que me arrancaste

Saberás que estou contando estrelas pr'te achar e te perturbar
n'um pântano onde floresçam orquídeas
Faço pontilhados com teu nome e ouço-o
do cantar dos passáros

Sentirás quão pobre és tu
nesse sabádo que pensas no que fazer
senta-te na janela e arremessa aviõezinhos para a liberdade
e manda-me um deles, amor

Fecharás teus olhos de docilidade
e pedirás o que quiser
que estarei no meu simples barquinho em algum lugar
amando-te

I'M GONNA SEE YOU SOON!

Regada de peixes e amor, tom rosa de uva delicada
boneca loira sentada, sonhadora de amor eterno
azul profundo, minha coleção de amor
meu amor, sempre amor igual
parada na luz do farol ao redor da tv, imagens ao redor
charmosa de Penélope, estrela Ursa Maior
apática de tontura, de rosa mais chá, branco piscina
menina, suba ao céu menino, nade
nade em águas pr'você me amar

AIRSICK!

Angelina não perdia uma boca de macho por nada, pior do que tubarão com fome. Mas era do tipo que tinha pena até do envelhecimento do piso do banheiro. Tinha um coração grande pr'bêbados, padres, drogados. Angelina a cada festa que ia enlouquecia, quando via aquela miríade masculina. Aliás, não só nas festas. Ela já tinha provado uns... todos os tipos de beijo. Em seus agarros, as mãos se tornavam flamejantes e excitantes tesouras. Ela adorava sentir barras coloridas entrando quente, com força... Lhe faltava ar. Clamava aos céus quando avistava o professor de francês; aquele sotaque de biquinhos poderia fazer estragos. Os empresários que poderiam lhe dar um futuro. Um futuro a uma vadia de batom rouge. A chuva lhe enaltecia os seios, que deixava famintos os olhos do taxista. Angelina rolava pela cama, nas mais intensas lembranças das últimas 19 noites. Mas ela não lembrava de nada. Mas como? Angelina estava tão inconformada , que não percebeu aquelas roupas brancas, meias e calças de homem e, aquele cheiro estonteante animal. Ah! Burra! Foi mais uma noite estrelar. Do banheiro surgia um ser grande, loiro, forte, sem roupa. Angelina tomou um gole de água ainda com efeitos e, abriu a janela sem falar nada. Foi o suficiente pr'cair dura nos braços do amarelo desconhecido e, perceber que fora só mais um de seus sonhos.

domingo, março 23, 2008

THE PLEASURE IS ALL MINE!

Uma mulher por amor é capaz de tudo, todo mundo sabe. Dolores não é diferente do estereótipo "azeda". Vultosa e sorrateira, ela desferiu em cheio uma golpeada legal, com força, bonita, de estilete no cão de sua casa. Por quê? Ele simplesmente estraçalhou umas das orelhas de seu amante: o urso Kaiser. Um urso párduo de pélucia de promoção de estoque de Dia das Crianças, por quem Dolores nutria esse afeto tão intenso. Mas era realmente um conquistador. As bonecas de Dolores eram todas rebentas de loucura por Kaiser. Aquele laço cor-de-canela fazia sobressair seus olhos azuis de piscina suja. Dolores era rasa e não expunha Kaiser a ninguém. Ele era só dela. Parecia uma cadela marcando território, literalmente. Ela realmente odiava o cão, sempre com o rabo abanando de anormal e, aquela fome maldita. Dolores já havia tentado o veneno, mas não funcionou. Mas dessa vez tinha sido melhor. Tinha sangue por todo chão, escorrendo como numa menstruação. Ela sentiu o prazer em fazer aquele ser sentir a mesma dor de Kaiser, ainda chupando sua orelha. As pupilas de Dolores estavam recheadas de ódio. Mas logo aquele latido voltou a incomodar seus ouvidos. Era karma. Um karma animal. Ela resolveu então ir até o karma novamente. Iria fazê-lo queimar no fundo de alguma lugar. Preparou gasolina, fósforos e incenso. Ela não queria sentir aquele cheiro nojento de carne queimada. Estava pronta na noite de quinta-feira. Viu aquela sombra quadrúpede passando e prosseguiu. Foi de passos curtos, fria e seca. Na hora da surpresa.... Dolores fora surpreendida por aquela criatura imensa, que docemente atravessou o ar e terminou na sua cara.

quinta-feira, março 20, 2008

HAPPIEST COLOUR!

No meu aniversário de 15 anos, o Thom resolveu aparecer. Ele trouxe pr'mim um balão roxo cheio de moedas e um aquário redondinho com o peixinho dele Twin, uma gracinha de azulado. Ele me levou pr'passear, apesar do dia nublado. A gente foi no arco-íris, do início até o fim. O meio é o mais legal. Tem uns fios sensacionais com gosto de hortelã e creme do céu. Não tinha moedas no fim como todos pensam, mas há outras coisas muito mais adoráveis. Eu nem sei explicar o quão agradável é a compainha dele. Passamos horas lendo jornal e, escolhendo sardinha no supermercado e consertando computadores. Tempos que não fazíamos isso. Era impressionante com uma transpiração contemplar tais rebemol, chegando aos meus ouvidos. Daí comemos a sardinha da minha marca preferida. O thom prepara sanduiches ótimos. Ele me disse ainda, caso eu fizesse um clipe pr'a uma música qualquer do In Rainbows, correria o risco de receber 10 mil dólares. No final de tudo, amarramos fitinhas coloridas nos pulsos um do outro e, ele prometeu sempre me visitar. Foi um dia excepcional, espero nunca esquecer.

quarta-feira, março 19, 2008

MERGULHADOR DE AQUÁRIO!

"Copos-de-leite pr'Winona. Bromélias pr'Christina. Espadas-de-São Jorge pr'você. Enlouquecidamente um park. O Central Park de neve e castelos de cartas. Foi logo que voltei dos 7 anos no Tibet, comecei a dançar fashion em tempos de violência, rescussitei poetas, chupei limão, enquanto garotas de 12 anos fumavam. Atravessei a América, cortando aquelas franjas ridículas no Missouri e, acabando com a moda em Washington, disritmando sonhos de grandes garotos. Encontrei e me desencontrei de baixo do lençol, hidratando com a língua cada rachadura do meu lábio com gemidos de inquietude. Reuni uma liga extraordinária de labirintos e um quarteto fantástico de cidades de anjos amarelos, que mais pareciam patricinhas esperando o motorista de táxi. Frui frustrado na escola de artes, com trabalhos sobre mares e portos. Comprei máscaras querendo ser John Malkovich e me dei orquídeas pr'adaptar meus olhos bem fechados a talvez brilhos eternos e me proteger de panteras e pactos malditos. Peguei infecção urinária, enquanto fazia código Morse. Matei meu gato Denny Sexy ( ele me atacou primeiro). Cometi os 7 pecados deliciosamente. A luxúria foi o melhor deles. Depois da gozada do sábado, matei também o meu amor."

terça-feira, março 18, 2008

DOCE DE ÁGUA!

Lorena era mais uma daquelas meninas sem graça, que eram descobertas em alguma esquina de algum fim de mundo, que logo vira matéria em programa de entretenimento. Em tempos já se tornara top. Aprendera línguas ali, outras tantas por lá. Analisava cada convite minuciosamente. Os editoriais de Giovanna Battaglia eram os seus preferidos. Adorava ser fotografada por Maciek Kobielski. Ah França! Lorena ficava tonta de tanta luz. Lyon cidade maravilhosa. Mas como toda lady das passarelas ou não, Lorena também tinha aqueles deliciosos docinhos de vida escondida, que a People era louca pr'descobrir. Aham! Lorena era filha de sapos. Sim! aqueles seres meio aquáticos, meio terrestres nojentos, que comem instintivamente moscas e coaxam. A única diferença é que usavam óculos. Lorena também fora um girino, mas o acaso foi generoso com ela e, lhe deixou ser mamífero. Ela mesma chegava a sentir nojo e quase sempre tinha de dividir seus tomates. Toda vez que viajava, alguém tinha que tomar conta dos pais e Lorena saia como estranha: criava sapos. Em seus última viagem à Rússia, a garota de 1,87 m teve todo seu dinheiro roubado. Não sobrou rublo, dólar nem euro pr'contar história. E seus analgésicos, tinham acabado. Lorena sentia muita falta de ar e, seu desvio de septo acusava um pedaço de carneiro. Lorena vomitou, encolheu os ombros, parecia que iria parir. De repente comunidades de sapos apareceram em pleno Volga. Ela conseguia entendê-los perfeitamente. Eles diziam que Nova York havia sido demolida e que o Danúbio havia sumido. A garota não mais que de repente, em mais uma de suas crises de mutação e dor, acabou na água, virando Rainha do Volga.

segunda-feira, março 17, 2008

STOP MALANDRA!

"Ai, naquele dia de megasol, pitoresco, ultravioleta... Muita gente chata me seguia, cheia de dialetos e intuição. Um fervor de louquice e falta de vitrolagem. Meu nariz ressecava de tamanho mal-efeito. Nem as borboletas sabiam o que era pr'fazer. Eu só queria colocar meu barquinho na piscina, sabe. Mas era capaz dele ser escravizado e não apitar mais e então, desisti por um tempo. Soneguei aquela mostragem de sol pr'mim, pr'tentar ficar maluca e brilhante por algum tempo. Eu não podia obrigar ninguém a nada. Mas devia dar uns tantos gritos e transformar todo mundo em robô. Se valesse à pena......."

INVERNO MEU!


Anita era puro êxtase
percorrendo feroz aquela rua larga, louca, imensa
acolhedora a seu suor
de casas não-amarelas e panorâmicas

Dia de Junho
céu magenta se resguardava tácito
talvez preparando um amor, um surto
Colerizou-se com uma insípida e inodora chuva
daquelas de perfeição em molhar o guarda-chuva,
que não fora levado mas sim arremessado o fim da Lua

Anita Anita, meu anjo sorridente,
que atravessa tamanho cruzamento de gente,
onde estão os pertences de você e desta rua?

Vestida de pingos imortalizados
resguardados em pele branca de boneca
Anita não sabia mais o que faria

Correndo, cantarolando, suando, ofegando
faltava também o copo vazio aberto
pr'a em sintonia, o choro cair certo

Deixa o meu amor Anita, passar
pegar o bonde e passear, se ela achar
Por folhetos de finais felizes
sem controvérsias de Nelson Rodrigues
Vai pequena heroína
deixa os diamantes belgas te iluminarem
como um novo amante que te faz suspirar

Mi amor
corre mais! sem pudor! com frescor!
de uma queda e sangue para todo sempre: amor!

PR'SEMPRE!


TCHÁ! TCHÁ! TCHÁ! Aracaju 153 anos, que gracinha! Adolescente, a cada mais jovem e encantadora. Um luxo de beleza e modernidade. Capital do menor estado desse país: pouco mais de 500 mil convidados pr'festa de todo 17 de março. Adoro!

sábado, março 15, 2008

VOLUNTÁRIO!

Não havia um dia sequer dessa merda de vida, que Raul não cuspisse sangue. Gritava por sua mãe, querendo saber o porquê daquilo. Ele ficava assustado quando seu rosto saia do reflexo do espelho e abaixava até eliminar aquela nojenta, sem graça. Mas certa noite, de tanto desenhar corações nos dedos, comer brigadeiro e beber água, Raul precisou escovar os dentes. Depois de dar a última cuspurada, parecia que finalmente havia descoberto de onde vinha aquele sangue e porquê: Raul parecia estar no encontro perfeito. A noite perfeita. O par perfeito. A hora perfeita. Tudo parecia perfeito. O instante que ele merecia e não imaginava. O tempo que ele jamais teve. Mas o caminho de volta pr'casa de Raul seria longo. Luzes não se apagaram. Mãos não se tocaram. Corpos sem contato. Beijo, cacete nenhum. Dessa vez, Raul se sentia só. Coisas passavam por sua cabeça. Algumas lhe confortavam durante a volta; já outras lhe tiravam do sério. Mas... mas Raul sentia como tudo aquilo ia embora e, ele não sabia por que motivo. Raul era só mais um bobo que queria se drogar. Nem ele mesmo sabia se explicar tamanha burrice que tinha feito. E como ia explicar pr'o seu singelo coração que seu desejo teria de ser adiado? Raul simplesmente calçou seus sapatos, vestiu seu casaco e, foi pr'casa. Foi pr'casa e desde então Raul cospe sangue todo santo dia.

quinta-feira, março 13, 2008

THERE'S SOME LOVE GOING ON!

O meu grande grande amor se perdeu pela esquina na calçada da avenida principal do bairro bonito. Se perdeu muitão, com uma carona ensolarada e uma batida de vento e, deixou uma baba de reserva. Não quero mais! Mariana já foi embora. Agora eu tenho outro superamor: meu superunicórnio. Cansei de apertar ursinhos carinhosos, aquela legião nojentinha. Quem tiver sentado em banco de praça sozinho que se dane, a chuva não vai chegar tão cedo! Vou pr'casa fazer sanduíche de pão com ovo e alface. Depois bebo muita água e vou ouvir Belle & Sebastian que vai criar uma praia na minha cabeça. 50% de linhas e 1/4 de gatos. Vai tudo indo, parte pr'inferno, bem como eu queria e parece que achei meu unicórnio pr'sempre!

AN EX-HAPPY BITCH!

Rufina olhava com tédio pr'a sua coleção de papel higiênico. Sim, claro! Ela colecionava papel higiênico todo desenhadinho. Uma história em quadrinhos feita de azul. Rufina entrava no banheiro, sentava no vaso e se esquecia de tudo o que tinha pr'fazer. Ficava com olho de peixe morto por horas, pensando nos carnavais passados (uma serpetina até saiu de sua boca). Rufina ligava a torneira, o chuveiro, apertava a discarga 2,3,4 vezes. Ela adorava barulho de água. Fluia. Rufina já havia pensando em várias formas de se matar. Ela não achava diferença mesmo em estar viva ou morta. Não queria mais pensar. Não queria mais ouvir, ver, só parar. Queria num golpe esquecer de tudo e de todo mundo. Estava num estado cataléptico progressivo. Rufina tinha inveja de Peter Pan, de seu sorriso, de seus olhos, de sua meninice. Rufina também estava à espera do beijo certo. Ela sentia seus ossos doerem. Talvez porquê há horas ela batia a mão na porta do box. Nem sequer tinha coragem de se matar. Tá ela tinha seus momentos de êxito, alguns. Mas ela não sabia também nem como aproveitar ou sei lá. Às vezes eram fortes demais pr'ela. Rufina enterrava um poquinho de seus a cada dia. Ela sabia que tudo é psicológico. Rufina também escrevia muitas cartas, pr'Seu alguém. Mas jogava-as fora no mesmo dia. Talvez faltasse coragem pr'enviar. O coração de Rufina doia tanto, que ela sentia uma dor de morte. Dia desses, deitada na cozinha, apertou tanto que ela agüentou. Foi-se, mas nunca deixou de acreditar em fadas.

domingo, março 09, 2008

FADING!

-oi!
-oi!
(6 meses depois...)
-tenho uma coisa pra te contar.
-o quê?
-eu te amo!
-eu também te amo!
(1 ano e 4 meses depois...)-
eu te amo mais!
-........ [risos]

I WAS BORN IN CLEVELAND!

Sentado, aqui no chão, ouvindo Keane, olhando pr'céu azul, vejo cavião grandão, sobrevoando. Escrevo em vermelho. Não pensaria que crescer fosse ser tão difícil. Talvez seja um pouco tarde pr'pensar nisso, mas pr'semrpe jovem, quero ser... Eu não quero mais nada disso. Não quero mais ser assim. Não quero mais ter que esperar. Não quero mais saber dos "por quê". Quero me tornar um diabinho de 7 cores e, aterrorizar 7 corações. Quero os segundos lentamente. Quero calor que provoque arrepio. Quero prestar atenção em cores. Quero uma cidade que me diga coisas. Quero melodias vibradoras. Tô com sintomas de saudades, que até hoje não sei pr'que serve. Saudade de um passado que já passou e de um futuro que já se fez. Saudade de digitais que são inúteis, de cromossomos que golpeiam. Outro dia, em uma das minhas viagens, conheci uma menina, que tinha morrido se asma. Em outro, conheci outra garota. Morreu dormindo. Também conheci um menino. Ele estava no sonho de um amigo de uma amiga minha. Quase morreu do coração. Tinham muitos outros, mas sumiram e se perderam por aí. Mariana é uma delas. Mas eu também já esqueci e superei. Dia desses eu percebi que sorte é pr'poucos. A consolação pr'os outros é plantar jardins e, mandar flores pr'alguém. Nada do que eu procuro tem resposta! Aliás, eu já deveria está acostumado. Eu não consigo pensar sozinho. As respostas também são sem resposta. Quem sabe como seria se eu coneguisse uma resposta? Eu consigo respirar. Encontrar uma sombra debaixo d'uma fruteira. Um céu de verdade. Um pássaro feliz. Uma dor que me mate, uma crise de Platão.

RAIO-X!

Foi a primeira vez que vi versos
tão imensos e intensos palavras de amor me tomavam
cenas de estrelismo e cinema de todo sempre
acendiam meus olhos arregalados

de química forte,
era feito um momento dóido
parado eu em todo ser
um corte... de alegria
impressionante alheia e esguia
emoldurava aquele passado
de verdadeiro esquecimento,
talvez indolor

numa violênica de não-toques
num rebento de beleza e proibição
estava eu ali, chocado, eletromagnetizado
sentado às 3hs, recebendo aquele caminhão de gás
que me matava à cada 45 segundoS.

SUA IDIOTA!

Passeávamos todos nós juntos
juntos naquele inverno
inverno no lago Michigan
Michigan de já calor infernal

Peixes vermelhos pulavam
pulavam peixes que Cornélia matava
matava com seu arpão rústico
rústico de 72 anos e meio de querenismo
querenismo de tiros


tiros de estilingue de Cornélia
que derrubava passarinhos
passarinhos que engoliam pó de gelo
gelo que abriu-se aos pés de Cornélia
engolida e afogada.

FOI-SE!

ai, Marina raputenga superosa foi-se embora! agora arranjaram esses 2 quiabos nojentos aê no Bonde do Rolê! bifes à parte...

QUADRILHA!

João amava Teresa que
amava Raimundo que
amava Maria que amava Joaquim que
amava Lili que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e
Lili casou com J. Pinto Fernandesque não tinha entrado na história.

Quadrilha - Carlos Drummond de Andrade

CATARINA'S SHOWER ROOM!

ERA ASSIM QUE CATARINA QUERIA SE MATAR!

http://youtube.com/watch?v=8Td2Ce2ZK2M

MARGOT - RICHIE!

I can't beat myself I can't beat myself And I don't want to talk I'm taking the cure So I can be quiet wherever I want So leave me alone You ought to be proud that I'm getting good marks Needle in the hay Needle in the hay Needle in the hay Needle in the hay........




METRÔ DAS 16!

Catarina se matou tão jovem, coitada. Um de seus muitos desejos era ter anorexia ou bulimia ou um desses distúrbios alimentares super legais; e sofrer por amor. Do segundo ela não tinha do que se queixar, havia se tornado perita, achava ela. Catarina um dia nadou tanto. Percorreu 400 metros n'uma velocidade impressionante! Tinha uma coleção de bichinhos e bonecas que adorava enfeitar. Eram simplezinhos, mas arrumadinhos. Ela passava horas dentro do seu quarto. A janela era bem contemplada com o céu toda hora, todo dia, todo sempre e, a fazia se perder em algum lugar. Catarina não sabia o que fazer com tantas cores e lápis de cor e giz de cera e hidrocores variadas. Colocava Badly Drawn Boy e sentia aquelas batidas suaves, inglesas. Se deliciava em novos sons. Band of Horses lhe fazia sentir ventanias rodopiantes. Bandas suecas lhe faziam escalar montes gelados e sentir friagens. Thom Yorke lhe fazia viajar pr'outros corpos, lhe dava arritmias múltiplas. Paul... Ah! Paul! Sua voz lhe enfurecia, queria tirar toda a roupa e ir até os céus. Catarina levava a mão à cabeça e, seus rabiscos se tornavam mais e mais intensos. Catarina fechava os olhos com tanta força, que parecia ficar cega. O papel ia ficando entonado com formas atuantes e sentia o coração de Catarina rasgando todo ele. Ela não parava. Estava tomada por mares e diamantes charmantes. Se lembrava de William Burroughs, Allen Ginsberg, seus gatos, seus almoços nus, seus poemas, suas drogas. Queria-os para ela. Catarina se perdera em mente condenante, era acometida por sonhos e pesadelos de faixada, matutinos e vespertinos - porque às vezes não tinha tempo de pensar de noite -. Catarina acreditava em tudo o que lhe diziam. Carregava maxibags cheias de alguma dúvida e compartimentos de indecisão. Suas gavetas eram preenchidas com pilhas de papel de desenhos sem criatividade e, um tanto de coisas indeterminadas. Catarina escrevia em inglês e resolvera agora aprender russo e dinamarquês. Para isso, comprou dicionários que passava horas lendo. Catarina tinha também um vestido feito por ela, cheio de barquinhos lindos e, tinha também uma violeta cor-de-roxo que adorava contemplar, mais uma caixinha cheia de clipes e etiquetas, completava suas coleções. Mas Catarina tinha ainda um baralho velho de cartas faltando, mas ela não queria joga-lo fora. Na verdade se assustava em pensar no arrependimento. Catarina tinha tantas coisas importantes em cada cantinho da sua vida. Não menos que isso, ela tinha uma montanha de sonhos altos, mas não sabia se viria a realizar todos ou sequer algum. A única certeza que Catarina tinha era a de sua morte, por isso Catarina se matou!

JE SUIS UN TSUNAMI! - I

Mariana apareceu!Por quê? Oras "por quê"! Porque é assim que tudo funciona. Tudo gira n'um compasso aquático inexplicável. Mariana era doce, gentil, sensível, gostava de boa música e sempre chorava nos filmes do Luke Wilson. Ouvia eletro. Eu também. Indie era um vício. Ela adorava coisas de morango. Simpática com todos e, era um báu de coisas diferentes. Mariana fazia jazz, francês(já falava inglês tímido), lia Dostoyevisky, trabalha de manhã e estudava à noite. Se sobrava tempo? O pouco que lhe restava - mas pouco mesmo - aproveitava ao máximo. Era quando não estava sobrecarregada, talvez esquecia de tudo! Não falava comigo, n'em respondia as minhas mensagens, telefonemas... n'em contavam! Às vezes me impressionava de tanto pensar nela. Queria entrar em todo ser de Mariana e perceber e sentir e ver por que, o quanto e quando seu coração pulsava e no que ela pensava. Mero sonho. Me lembro perfeitamente do dia superchuvoso em que ela abriu seu guarda-chuva preto com listras amarelas - estilo Kill Bill - na beira da London Eye. Tava bem gravado na minha mente, por aquela fotografia. Mariana concerteza era uma incógnita que eu amava desde sempre sem perceber. Aqueles vestidinhos coloridos de bolinha e aquele sorriso indescritível, que me fazia sorrir também. Ela escorria suavemente pelas minhas mãos. Os desenhos dela nunca eram complemento dos meus. Ela adorava abstratos! Mariana era forte, resistia, seus sinais de fraquejo eram praticamente nulos. Era um infinito entendê-la. Sua estrela sempre aparecia pr'mim. Suas borboletas n'em sempre e, suas presença era necessariamente querida. Era claro que Mariana talvez se esquecesse de coisas. Era claro também que Mariana me fazia sonhar. Mas claro ainda que Mariana me levava à loucura e mais claro do que tudo, é que Mariana me esquecera.

RECADO PR'NADAR!

Era um sonho de menino. Se afogar em águas jamais conhecidas, talvez mágicas, dançantes. Numa costa, no Tietê, no Tejo, no Sena, n'um afluente perfeito. Passava noites acordado, imaginando "como seria?". E sabia que não era fácil. Ah, as estrelas! Davam um brilho singelo de avante. Outras n'em tanto. Eram recobertas por nuvens magenta. Já pensava nas cartas de despedida, nos presentes futuramente deixados, no dia perfeito. As flores também lhe recobriam de brilhantismo. Eram sempre gratas por serem retratadas no desenho dele. As borboletas, hummmm... essas lhe enchiam de algo inexplicavelmente alegre, doce e sutil. o inglês também trazia algo de muito confortante. Era uma conversação perfeita. Um jardim o-mais-que-perfeito colorido, lotado de manequins com suas caras pálidas. Já não sabia mais no que pensar. Era tentado diariamente a se tornar um deleite sórdido noturno, sabia Deus até quando. E insistia a se infiltrar em doces, gelatinas, sorvetes, pirulitos, maria-mole... que o faziam ver tantas parafernalhas e dar sorrisos involuntariamente. Queria um eco penetrando em si. Queria formas perfeitas penetrando em suas veias e circulando gentilmente por cada cavidade de seu corpo e pulsando, com direito a pontadinhas no indicador. O sono era como um complemento de sonho e vontade. Chegava a pensar que o mundo não nascera pr'a se viver. Um punhado de loucura pr'a poucos, pr'ninguém! Era tudo como uma coleção de 44 corações rosas: 22 sempre são roubados; 11 se toram incolores; 6 apagam; 3 rasgam-se; e 2 se perdem. As fantasias n'em têm mais graça, são chatas, vai ver que foi por isso que o menino se afogou!

EM OUTRO!

N'uma praça, meninas brincavam sem parar. Brincavam de roda, "o que é o que é?", adoleta... E gritavam tanto ao ponto de ficarem roucas! Elas riam em loucas alturas. Soltavam berros de felicidade. Seus vestidos: eram dos mais belos e variados e encantadores possíveis. Era uma aglomeração de babadinhos e coloramas, rendinhas e fuxicados... (elas adoravam ver suas mães horas no tear, montando as vestes). Domenica adorava chocolate e dançava balé; Dona lia sobre zodíaco e era asmática; Mona só usava lacinhos cor-de-rosa e sabia fazer bolinha de cuspe; Bridget tinha uma linha cadela e falava inglês. Eram lindos anjinhos na Terra. Sempre se esqueciam do tempo quando brincavam. Mas naquela tarde, elas resolveram admirar as nuvens, procurando formas e, viram tantas que nem perceberam que começara a chover, como um rio desagüando das nuvens. Correram euforicamente pr'um abrigo, uma velha escola. Lá ficaram por horas, espirrando e geladas. Uma brecha ou outra no céu. De tanto esperar, elas cansaram, com fome e dormiram todas. Ao acordar, Bridget não acreditava: era como um petshop à céu aberto. Tinham peixes amarelos, esquilos verdes, veados azuis, rouxinols roxos e principalmente cachorrinhos espalhados de todos os lados daquele lugar, que por sinal havia milhares de símbolos estranhos e outros milhares de doces também, alguns até com pimenta. Todos os bichinhos tinham lacinhos em todos os tons de rosa... Era espantoso e ao mesmo tempo encantador. Mas logo em seguida custou a acreditar no que via, tinha até medo de tocar as amigas pr'que acordassem. Era brilhante, enorme, apresentável. Um unicórnio mais lindo do que tudo. Tinha um olhar superdoce e uma pelagem que parecia seda. Ficou paralisada, não falava, não se mexia, só arregalava os olhos. Logo ela tratou de rodear a criatura e, mal teve tempo de sequer se perguntar algo ou esboçar uma reação. Finalmente piscou os olhos e....... morreu com uma linda chifrada!

MÚLTIPLOS!

Foi tudo como n'um súbito gole em um coquetel de pequenas cápsulas arredondas e coloridas. De repentemente, eu estava parado, sentado no ponto de ônibus recebendo os ventos semi-conhecidos. A rua continuava passante e passageira, como sempre, cheia de panes e gente indecisa. Parecia que os meus ombros captavam sintonias vibradoras. Algumas se alojavam, outras me matavam n'um surto colorama de confusões. O Sol se escondia entre nuvens macias de agitação e vontade: elas não choviam. Aquela imensa amplitude interna me tomava, de órgão à órgão, de coração pr'sonho e, surgiam placas em sequência de listras vermelhas e brancas, escritas em francês. Dos canais de esgoto, emergiam revoadas de borboletas, batendo suas minúsculas asas freneticamente, mas seguiram sem olhar. Dentre às árvores, era possível avistar dezenas de baleias lindas e doces, só de passagem. Dos letreiros de um shooping caiam gatos, muitos gatos de todas as cores, alegremente, eles piscavam seus olhinhos. Era um deslumbre, ver tanta graciosidade que as minhas veias não aguëntavam, elas diziam "pare!". Eu achava que talvez fosse impossível! E nessa batida indiscreta e industrial, aos poucos o coração vinha flamejante! Naquela hora, meu último balão já havia sido solto, vendido pr'céu. e eu? Continuei sonhando. Mas estava tudo tão quente que as minhas mãos começaram a estourar. Não tinha quiromancia certa. O toque não achava. Belle chegava, Nova York parábola, corrida cometa, abraço de urso, laço colorido, primeiro encontro, guaraná de chiclete, Volga azul, mar adentro!

EFEITO!

(...): mas sinta o vento.
Pois é caros amigos, esta pequena e simplégada imagem, flui de uma maneira tão relevante agora. Um passeio ao vento:quem nunca precisou, colocar sua roupa de frio, e entrelinhar-se pelos sensível eólico? Esse elemento tão peculiar, por onde se propagam os odores, por onde fluem as ondas imaginárias, por onde planam as aves soltando penas, por onde se ouve sussurros...e muito mais!Esse pobre tão feliz, que se infiltra da meneira mais desejada:sutilmente! Nas cerejeiras de flores rosas, nas bromélias, e nas tulipas.Sim, o vento faz alguém feliz! Nos passeios matutinos, onde tudo se torna mais belo e empolgante, a aguá se torna vívida e brilhante, e você alí, bem presente no meio de todas elas, sem ao menos perceber, que o vento quer sua atenção, só uma vez. Ele também quer te fazer sorrir, ele quer te levar pr'um passeio interno com você mesmo... e te ajudar, ao menos com um conforto e um afágo no rosto. Uma lembrança e uma dor passada(reflita). Uma lembrança e uma dor presente. Ele sempre estará prestes a ajudar, com um sonho, e vontade.Pegue sua bolsa, vá passear, abra a janela, feche os olhos, sinta o vento, fluindo através dos seus olhos, dos seus dedos, de tudo que você quiser...mas não esqueça o vento te ama!

UAU UAU!

Em todos os meus 16 anos de existência não houve sequer algo mais lindo, jeitoso, arrumadinho, gostoso, e que valesse mais do que meu *docinho de amora*. A gente se descobriu no famoso acaso do destino, quando eu havia chegado um mês atrasado na escola, e nosso querido prof.Luis, fez o enorme favor de mandar eu copiar tudo! Depois veio Franz, Interpol(ahh Paul), nossas bandas indies, suecas ou não...Assim com mais um advento destinal, nós ficamos quem nem browne e sorvete de creme, a melhor combinação!Os dias passavam, e eu finalmente via o quanto eu aprendia, quanto meu pequeno coração rosa se enchia de sorte, por ter você ao meu lado. O quando eu havia me tornado alegre, descolado, e mais comunicativo do que nunca, tudo isso eu aprendi e muito mais com você ao meu ladinho, todo dia! Chovendo, no dia mais ensolarado e belo que já tenha existido, nebuloso, com nuvens margentas à noite, sem arvóres realmente no seu devido tom clorodifalo, nós nunca ficamos um sem outro. Comendo tapioca, bebendo coca, sanduíche natural com katchup no intervalo, ou até bolo de passas e doce de leite na serra de Itabaiana, aquele em que eu tanto cai. Mas levantei, assim como em tudo o que eu faço, n'um deslize você me ajudo, sem a minima sombresca de duvida. E você que eu n'um dispenso um docinho hein, e esse agora de amora, com plasticozinho rosa de bolinha e forminha amarela(da cor do quindim)!Desculpa, se fui bobo, se em algum momento te irritei, se n'um fui o suficiente pr'você, mas a minha melhor farçanha é fazer você se sentir bem, e eu faço do fundo desse simples coração que vos fala!!Você esteve presente no .MEU PRIMEIRO AMOR DA MINHA VIDA DE VERDADE. Foi você que disse "cuidado Gui!".Você esteve presente no dia do meu aniversário.Vocês esteve presente nos meus deslizes.Você me ensinou coisas absurdas.Você chorou comigo(semana passada).Você me sacudiu.Você cantou "we're from barcelona"comigo.Você sonhou comigo.Você teve medo comigo.Você leu comigo na escariz.Você tá cuidando de "Octávio, o pato viado".Você me disse "eu te amo" E agora você tá me fazendo chorar, mas as lágrimas mais coloridas, e belas e brilhantes e lunáticas e desenhadas e também um tantinho dolorida!Se não fosse, o que seria hoje sem thayanne(my rapariga), sem juliana(mon amour), sem mika(cuult), vocês formam um conjunto no meu miocárdio!

ACAMPADOS!


Sabe, depois de tanto, finalmente tomei coragem, de escrever aqui, ao menos isso. anda tudo tão parado, mas tão conturbado, as coisas se embaralharam de tal forma que são impossíveis que serem captadas pelas ondas cerebrais. elas vagueiam, como minúsculas ondinhas, peridadas sabe lá no meio de quantas no oceano! e de repente eu paro...mas não, não consigo sequer ajustar os anagramas que minha cabeça forma. de tamanha forma são dolorosos, vêm inepesperadamente inesperados. quando vejo, paro de desenhar, pintar, todos os verbos em conujagações possiveis, e penso nos anagramas da mente *guilherme*.
...Me pego desatento no meio do nada, e me pergunto "por que não alguém pr'me abraçar agora?!". Daí inúmeras outras imagens pairam: o dançante sapateado da Tilly and the Wall, a entendedora voz do Morrissey, a sensibilidade do Ian Curtis, o sonho e a beleza da Björk, e lindos vestidos azuis e pretos.
.Tudo se embralha de novo.
...e percebe-se que tudo é feito de bifurcações, querido alguém!
...quando se tem certeza da escolha, é precipitação, do contrário, é medo. assim é o amor, se escoonde, como uma carta clow, toma dimensões aquáticas, terretres, eólicas, cóscimas e a mais linda e devastadoras delas: a humana! essa bifurcação que fas rir, chorar, ensinar, doer, imaginar, errar e tudo muito mais!

YOU!


SAUDADES ...... FLORBELA ESPANCA
Saudades! Sim... Talvez... e por que não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até a morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para que?.... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

NAKEDDD!

Tudo o que eu sei fazer, tudo o que eu posso fazer, tudo o que eu preciso fazer, agora se encontra no modo mais embaralhado e desajustado que a mente a mente humana possa imaginar. Foi simplesmente tudo bloqueado, barrado, como numa placa de metal com um poder de um elefante desenhado. Nem sequer os Paracetamol's procuraram um meio de intevir nesse crime animal! É mais um ponto marcado pra ele, o tempo! Ele exige tanto, que no momento de maior fraqueza, ele consegue nos arrastar, como se fossemos a água e ele o poderio, o êmbolo, por maior que seja a FORÇA, uma hora o corpo não flui.

TRIÂNGULOS!

Hoje eu acordei, mas eu acordei sem vontade de sonhar sabe, pela primeira vez em tanto tempo. Aquele sonho que se sonha acordado, desejando, ansioso, sentindo o famoso frio na barriga, dando mini-risos entre os dentes, de imaginar, que um dia o mesmo poderia se realizar. Mas têm dias que os sonhos persistem, murmurando na cabeça, de fininho, mas como o tratamento Ludovico, alienante, incômodo e doloroso. Os sonhos se apresentam de tantas cores, como um beija-flor multicolorido num lindo vôo de bater asas apressadas, de tantas formas, como sentir o toque de mãos calorosas quase flamejantes, de tantas sonoridades como uma música que faz um passeio ouvido à dentro chegando até o miocárdio, e de taaaaantas as dimensões, como sentir a saudade de alguém na sua maior das incertezas. O dia vai passando, daí, à noite, você diz um "oi" para uma estrela, naquele mesmo brilho ridículo amarelo e, mesmo que nenhuma diga "oi" para você, então incosientemente você fecha os olhos e faz um pedido, o mais intenso, o mais bonito, e sonha para que ele ao menos seja ouvido e, enquanto isso, espera na calmaria da noite, até adormecer e adorme...cer e ador...me...cer! A manhã chega, e novamente as ruas, as grandes muretas de concreto, os canteiros de jasmim, e o frio do outuno, acordam e fluem juntamente com o sonho que vagarosamente vai chamando "A Saudade".