quinta-feira, dezembro 08, 2011

CÓDIGO MORSE!

Dei de ombros assim que sua silhueta se formou diante desses olhos no inferno da manhã a qual passamos. é mentira, porque me contive pra arrefecer aquela mesma emoção (não sei porquê) de sempre lhe enxergar e lhe adorar como um anjo desmotivado. Me contive, sim, mesmo achando injusto comigo esse ato falho de despreparo e sem orgulho, e amor próprio, porque você me destrói como um castelo de lego frágil e cataléptico. Me contive pra tentar parar com esse desgosto de todo fim de pensamento querer sua atenção. Passei por você, e me fiz de desentendido, enquanto a música que emanava do cosmo já me mandava pensar na consequência de não ter mais você perto de mim. Quanto será que custa lhe largar na vida? Mas, nesse exato momento me lembro que o silêncio e o desprezo são seus amantes. 

terça-feira, novembro 01, 2011

ESTUPIDEZ AGRESSIVA!

Perdi a força na mão pra segurar o tempo que passa 17 dias por minuto. Me entreguei à pressa gritando "casto eu", sujeitado já à catatonia que prometera fazer de mim resto e ela trator. Com medo de tudo e sem medo de nada, baixei a cabeça deixando meu suor, meu orgulho e minha vontade escorregarem por um mistério de instante que vai-vai-vem, pedindo uma desistência que não deixa... deixa tudo passar, transformando as chances que se tem em uma capa de livro azul-petróleo pra vida toda se lembrar. Dei o resto de mim às seis da tarde, e sem a mínima certeza de que a benevolência vai me fazer completo pra sempre.

sexta-feira, outubro 21, 2011

ROSA TENSÃO!

Vi uma possibilidade estirada num chão cheio de rastros de outras possibilidades largadas naquela noite clichê de três-marias confundida com uma praia cheia de amor. Mas era um final de semana que meu sangue queria esquentar, enquanto neutralizava a frieza sem graça da minha cara. Não gosto de verde, mas pus um bocado na alma na esperança de que Deus me olhasse. Me estirei no chão do mesmo jeito, e de longe enxerguei aquela possibilidade de costas pro mundo, de costas pra tudo, me provocando um castigo. De cara, uma neblina nefasta silenciou nossas bocas, e fingi que só prestei atenção na zoada , até 5 minutos depois o dia acabar.

quinta-feira, outubro 20, 2011

OUR SIDE!

Tenho um farewell sempre a dizer, dois instantes depois de vislumbrar um futuro. Essa água interminável intencionou eu só espalhar todas as minhas e emprestadas poucas muitas informações, querendo preconizar outro fato de semana, mais esse fato de pesar. Juntei as duas mãos, e molhei sem tensão. Sedento e pecador, sem entender dos por quê, segurei um Farewell verdadeiro, pra tentar sair do avesso, sair da expectativa desse mundo de pedras, canivetes e danações. Não dou de ombros pra tentar a melhor forma de tapar os olhos, e me conformar que, talvez poesia... Deixe pra lá. Um Farewell sempre na alma é sempre melhor que um farewell à toa pra manter o sono limpo.

sábado, outubro 08, 2011

SUSTO PROFUNDO!


Acendi um cigarro, e tentei espantar uma displicência inteira a seu favor. Tentei fingir que a pose que fazia de pernas cruzadas, ia desacontecer a psicose que você me proporciona. Pouco demais, é o que se sabe. Sensível demais, é o que se tem. E o que você me força é tentar cativar o espaço ao redor, numa raça involuntária pra me poupar de saber que talvez você seja tão sexy e incrível quanto um príncipe secular. Não quero saber o que pensam sobre você. Não consigo respirar fundo. Não sei não dizer nada. Meus pulmões enchem de água, e minha cara se enche de tolice. Então, prefiro me ater em casa, aprendendo alguma palavra nova pra dizer pro meu próximo enganador.

quinta-feira, setembro 29, 2011

CANADA!

Respirei fundo uma lisergia perigosa, atrás de um animal bruto que me deixa nervoso e avoado, capaz de fazer um cometa vacilar. Desenfreio uma corrida sem pestanejar, me livrando do suor que que acha que vai me atrasar, lançando lasers que o miram, sedentos por aquele cio arrebatador. Um aviso de caça proibida alerta que o melhor é se esvair da impossibilidade de contato, mas ainda penso, quem sabe, fazer esse selvagem respirar fundo a mesma lisergia que me pegou.

quarta-feira, setembro 28, 2011

MANNERS!


Venha correndo que a noite hoje é toda de jogo da memória. Venha correndo você que vai só ouvir o que eu tenho pra contar. Corra do chão gélido engolido pela madrugada. Preste atenção na variação de preto e azul que fiz na parede. E aproveite a falta de pressa prevista pra hoje.

segunda-feira, agosto 08, 2011

PACIÊNCIA!

Coloquei meu capacete de astronauta, e fingi que nada era comigo. Me retraí com braços tímidos, cansado do lance pueril do corpo de qualquer um a fim. Dei de ombros para aquela confusão mundana em que as pessoas pareciam nada a ver. Meu sangue rosa chá já pedia socorro, clamando por você. E eu, por dentro já gritando "pelo amor de Deus", uma vez que ver você, tudo estaria a salvo. 

segunda-feira, agosto 01, 2011

MINIMAL!

Um raio doce de vampiro e uma noite eufórica catabólica me disseram alguma coisa indevida que talvez me fizessem vacilar. Um defeito seria suficiente pra impulsos se transformarem em chiclete mastigado e deixar a boca seca. Não consegui me entreter. A vontade de encostar no futuro casto me escorreu por todo o corpo, escapando pela mão.  Meus olhos ionizados foram lançados pro lado, no tempo me sucumbir a um amor. Não sei se era provável, mas senti um tremelique incógnito que ábaco nenhum serviria pra calcular. Foi tudo muito rápido. Não sabia o que dizer. Então, bebi mais um gole e, deixei pra lá.

sábado, julho 30, 2011

HONESTAMENTE!

Falei de uma saudade sórdida e perigosa. Inalei uma fumaça podre de gelo seco que nos arroxeou a cara. Tapei a boca e o nariz. Fechei os olhos. Não sei pra que. Mas não evitei de ouvir o estardalhaço comum que me trouxe um calor latente direto aos sistemas. Uma garrafa quebrada na cabeça me trouxe a sorte de uma explosão aguda regada a alucinação e um chão de papel. Vi um rosto, um avião, olhos de gavião e um escuro que me comeu até o fim acabar.