sexta-feira, dezembro 26, 2008

FLOTANDO ENTRE NUBES DE VAPOR!

As folhas se espalharam
O mar se lamuriou em um choro triste, espasso
E vão ficou cada pedacinho meu que me guarda e delira
Se encheu de um descontrolador
Suspirante inexplicável impulso que me tomou, não sei o que
Foi tremenda inocência!
Enquanto dia: carrossel
Enquanto noite: era sonho
Naquele dia: sem palavras
Talvez pr'sempre, perdição

quinta-feira, dezembro 11, 2008

DOCES DELETÉRIOS!

Guilherme permanece bobo. Frágil como uma estátua cuidada de vidro sempre prestes a cair e quebrar, com um ruído seco e inaudível. Guilherme passeia pela casa pr'aquietar os vexames deletérios de seu coração mal criado, que são muitos. Vexames que perspassam aqueles quando se amassam os papéis todos em bolinha. Vexame pior que o do gesso de diversão que se quebrava em suas mãos. Tudo quando e quanto a primavera ainda dura. E infelizmente, toda a verdade que circula nesse coração acentua todo esse destrambelho. Circula como um circuito que transgride cada parafernalha viva. Uma bala disparada que arrebenta quase tudo. Guilherme finge uma cama; telefone não. Diz coisas difíceis suficientes pr'deixar alguém sem palavras. Não, ele não sabe se livrar. Um livramento quase impossível como aquele outro da garota que dançava ao seu lado. Um livramento difícil de esquecer. Um vício de se lembrar que lhe acomete. Um assobio de manhã cedo, caindo noite estrelada adentro! Uma calçada, mais alguém, tudo de mentira. Um barulho no estômago, repique na cabeça, é coração chantageando! Só restam crises fugazes de causas e causén's delicadamente desnecessários.

terça-feira, dezembro 09, 2008

CHOCHOTE BRULÊ!

É com muita satisfação que em detrimento do meu prévio bom desempenho no meu último vestibular seriado, darei a receita do delicioso "Chochote Brulê".

Aqueça um punhado bem lânguido de chochote numa vibrante e arrebatadora calda de morangos lambidos. Deslize com carinho o vexatório liquído - de preferência branco - natural, essencial para a sensação de satisfação, e não chupe os dedos. Mexa com materiais bem firmes, rígidos, duros para não perder o ponto, até você sentir engrossar (a gosto). Não estranhe se diminuir de volume, caso aconteça, volte ao fogo. Misture com um impressionante e charmante toque de amour français, que não é fácil de achar mas dá um toque de desmanche na boca e em todo os folhetos do coração dóido. Ainda quente despeje num recipiente neon de fibra resistente e distribua deleitosamente todo mas todo mesmo chocolate belga de embalagem rosa derretido em banho-maria. Enfeite com mais alguns morangos e calda de açúcar e, aproveite.