É cruzamento da Rua com Avenida que
vou atravessar, mas
não estou presente.
Não.
Penso:
na saudade ígnea,
na companhia inexistente,
na raiva impregnada,
no cansaço alucinante,
no brio dissipado,
no silêncio abafado
em quantas vezes é possível começar tudo de novo.
quinta-feira, outubro 23, 2014
domingo, outubro 19, 2014
AMANTE!
Por que demoraste tanto a dizer que eu era tua puta preferida?
Amei como uma tonta
o suor que exalava de teus poros e
ensebava teus pelos, enquanto
eu era Afrodite entre tuas pernas.
Esqueceste que o tempo mata.
Mas ainda não soube
a causa de tua morte.
Amei como uma tonta
o suor que exalava de teus poros e
ensebava teus pelos, enquanto
eu era Afrodite entre tuas pernas.
Esqueceste que o tempo mata.
Mas ainda não soube
a causa de tua morte.
sábado, outubro 18, 2014
A CASA MODERNISTA!
A casa modernista branca.
Quero voltar logo:
refestelo-me
simples
evolo-me
luz
espraio-me, entretanto
temo o ar da
felicidade indiscriminada que,
forçosamente, me penetra até
nos domingos regulares.
E como suportar
a angústia da invasão
do puro e duro descontrole desse preenchimento
involuntário e destemido?
Lugar difícil.
sábado, outubro 11, 2014
PARADA!
Para
suportar
a vida
que vier
é preciso
perguntar(-se)
o menos possível,
porque
prolongar
as coisas
torna
tudo
mais cansativo
do que
já
é.
suportar
a vida
que vier
é preciso
perguntar(-se)
o menos possível,
porque
prolongar
as coisas
torna
tudo
mais cansativo
do que
já
é.
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